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SESSÃO CULTURAL: Convidado aborda avanço da medicina: “Da Mandrágora à Penicilina”

O médico gastroenterologista e professor titular da Faculdade de Medicina da FURG (Universidade Federal do Rio Grande), Antonio Cardoso Sparvoli, é o convidado especial da presidente da ASRM, Acadêmica Miriam Oliveira, e do Diretor Cultural da entidade, Acadêmico Cláudio Marroni, para apresentar-se na primeira Sessão Cultural da ASRM deste ano, na terça-feira (19) às 18h em formato virtual.

O palestrante abordará a temática “A mandrágora e eu”, remetendo à obra que lançou na Feira do Livro de Porto Alegre em 2017, intitulada “Da Mandrágora à Penicilina – A Extraordinária Revolução da Medicina Científica – 1800 a 1920”.

A publicação, com 500 páginas, é resultado de ampla pesquisa que resgata do passado “simples nomes empregados para descrever doenças ou sinais médicos e revive os homens que os ostentaram”, como diz o autor. Sparvoli acrescenta: “O livro é um mergulho em uma época fascinante da história da medicina, desde o espantoso século XIX até as proximidades dos trepidantes anos 20 do século passado. Esse período alberga um grande salto no conhecimento médico, um grande empuxo que nos tirou de um relativo obscurantismo médico para uma fase sem igual – a medicina moderna”.

Dividido em 12 capítulos, o livro trata do nascedouro dos construtores da medicina científica; dos curadores do século XIX; do surgimento da anestesia; da era de ouro da cirurgia; do ingresso das mulheres na medicina; do desenvolvimento das especialidades; da viagem ao fundo do inconsciente; da escola dos clínicos e dos misteriosos raios-X.

A mandrágora, do título, é uma planta herbácea pertencente à família das solanáceas, originária principalmente da região do Mediterrâneo. Seu nome científico, Mandrágora officinarum, deriva da palavra latina “mandragora”, que significa “planta que tem poderes mágicos”. Ocupa lugar na mitologia e é mencionada na bíblia no livro do Gênesis, como aquela que desde a antiguidade e em diversas culturas lhe foram atribuídas propriedades curativas narcóticas e afrodisíacas. Segundo a tradição, a mandrágora crescia ao pé da árvore do éden. É tóxica, de flores cheirosas em forma de sinos vermelhos e brancos, mas um traço extraordinário são suas raízes com forma humana.