Nascido em 02 de fevereiro de 1921, na cidade de Porto Alegre, filho de João Spolidoro e Itália Marino Spolidoro, foi batizado e crismado na catedral metropolitana. Cursou o elementar no Colégio Paula Soares, o ginásio no Colégio Anchieta, o curso pré-médico no Colégio Júlio de Castilhos e o médico na Faculdade de Medicina de Porto Alegre, hoje integrante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Diplomou-se médico em 15 de dezembro de 1950. Logo, tornou-se médico assistente no Serviço de Pediatria Professor Olinto de Oliveira da Santa Casa de Misericórdia, de 1951 a 1959. Ao mesmo tempo, assumiu como professor voluntário no Departamento de Pediatria e Puericultura da faculdade em que se formou e que era a única no Estado. Também, nesse tempo, foi médico da Secretaria Estadual de Educação e Cultura no Serviço de Atendimento aos Escolares.
Médico do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPETEC) a partir de 1951, desempenhou muitas funções, culminando com a chefia da Pediatria no Hospital Presidente Vargas até 1961. Depois disso, foi assessor de Pediatria e coordenador do setor materno infantil no Rio Grande do Sul, até sua aposentadoria em 1984. Cumulativamente foi chefe de equipe, chefe de posto médico, assistente médico e delegado substituto no Serviço de Assistência Médica de Urgência (SAMDU).
O doutor Antônio Spolidoro teve intensa participação associativa e sempre foi depositário da confiança dos colegas. Na Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) foi eleito duas vezes para a diretoria como primeiro tesoureiro e como segundo secretário. Por vinte e dois anos, foi membro eleito do Conselho de Representantes da entidade e por dezesseis anos foi representante da AMRIGS junto à Associação Médica Brasileira (AMB). Em quatro oportunidades, foi eleito presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, 1969, 1970, 1984 e 1985. Sócio da Sociedade Brasileira de Pediatria desde 1958, participou ativamente de suas atividades ora atuando como conferencista, ora em mesas redondas, colóquios e seminários. Atuou como delegado perante a Sociedade Brasileira por onze anos e nela foi membro do Conselho Fiscal, de comissões de sindicância e dos comitês de Neonatologia, Nutrição, [Ambulatorial, de Defesa Profissional e de Ética. Foi escolhido como um dos trinta membros vitalícios do Conselho Acadêmico da Sociedade Brasileira de Pediatria. Membro da Academia Americana de Pediatria desde 1958, foi eleito por doze anos parachairman do Quinto Capítulo (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). Foi conselheiro titular do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS) por vinte e quatro anos.
Após ter sido professor assistente no Departamento de Pediatria e Puericultura da Faculdade em que se formou de 1951 a 1959, voltou a ter oficialmente atividades didáticas em 1970, quando assumiu como professor titular de Pediatria e Puericultura na Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Participando desde o princípio da nova faculdade, foi um dos encarregados de organizar o currículo para o curso médico. Também fez parte da comissão que decidiu sobre a área a ser destinada para a internação nos setores de Pediatria e de Obstetrícia. Como coordenador do Departamento de Pediatria apresentou a proposta de dividir a área em três disciplinas: Pediatria Clínica, Pediatria Social e Neonatologia. Aceita a proposta, passou a ser professor titular da disciplina de Pediatria Clínica. Autor e orientador de muitos trabalhos científicos publicados ou apresentados em congressos e jornadas, foi dos pioneiros na instalação de posto avançado em campus universitário na Amazônia. Recebeu vários títulos e comendas, sendo de destacar a Comenda Irmão Afonso e o título de [Professor Emérito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Quando iniciou a Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina, foi um dos membros fundadores e ocupou a cadeira que tem como patrona a professora Maria Clara Mariano da Rocha