Pesquisar

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOCIAL: Procurar ajuda médica salva vidas

“Cada gajo sabe até onde vai com suas tamancas”. A máxima portuguesa, utilizada pelo acadêmico Paulo Belmonte de Abreu, comentarista da palestra de sua tutorada no Programa Novos Talentos, psiquiatra Clarissa Gama, poderia resumir a quarta sessão do curso de “Educação em Saúde Social”, promovido pela Academia Sul- Rio-Grandense de Medicina (ASRM), na manhã deste sábado (03/10/2020) ? Possivelmente, sim.

Sob o título indagativo da live “Quando medo, ansiedade e tristeza viram problemas sérios de saúde?”, os dois psiquiatras deixaram evidenciada a necessidade de que pessoas com sintomas de depressão ou de transtornos de ansiedade – acentuados ou não pela pandemia – devem procurar ajuda de profissional médico capacitado.

Quando o limite que separa a normalidade desses sentimentos das doenças psiquiátricas crônicas, não é percebido pelo doente, o desejável é que um familiar ou amigo detecte o ponto de corte decisivo.

Há muitos recursos pessoais para se enfrentar individualmente a situação, mas quando não se consegue é hora de pedir ajuda – reforçaram ambos, salientando que existem tratamentos eficientes para evitar desfechos indesejáveis que incluem angustia, insonia, medo de perder o controle e ter crise de pânico e até a evolução patológica rumo ao suicídio.

“O estresse faz parte da existência e não deve ser eliminado, mas manejado”, asseverou Abreu, afirmando que esta medida transcende o período de impactos psicológicos e físicos impostos pela Covid 19.

A Dra. Clarissa esclareceu que, fora da normalidade, os sentimentos que todos compartilhamos de medo, tristeza e ansiedade, se transformam em doenças quando incapacitam a pessoa, sobretudo para o trabalho. A patologia é recheada de sintomas psicológicos, físicos, cognitivos e comportamentais que se somam para invalidar o ser humano adoentado.

Se a consulta ao especialista qualificado e ético, é indispensável, até mesmo para se evitar a automedicação, existem seis métodos mencionados por ela, creditando-os a estudos da colega Elisa Brietzke, que ajudam a combater ou prevenir a depressão e a ansiedade patológica.

1. aceite que é normal se sentir mal na pandemia (‘não perca tempo com o que é incontrolável’, como diz Carlos Menke)

2.faça o que já funcionou contigo em adversidades (reze ou faça maratona no Netflix);

3. faça meditação (‘tire da tomada’, como diz Abreu);

4. faça exercícios físicos (caminhe, dance);

5. mantenha uma rotina (nas refeições, para dormir);

6. e não se automedique.

Logo ao iniciar a palestra, Clarissa relembrou como surgiu, de modo peculiar, o Setembro Amarelo, que se refere ao alerta da prevenção do suícidio, em 1994 nos Estados Unidos. O jovem Mike Emme, de 17 anos, dedicou considerável tempo para reformar totalmente um velho e danificado automóvel Mustang.

Quando finalmente considerou o carro pronto, tratou de percorrer uma rodovia em alta velocidade até chocar-se com um poste, morrendo instantaneamente. Fortemente impactada, a comunidade do Colorado, onde ele vivia, mobilizou-se contra o suícidio, escolhendo a cor amarela do Mustang de Mike como símbolo da campanha de prevenção espalhada pelo mundo nos dias de hoje,

Para conhecer a íntegra com todo o conteúdo da live, transmitida pela plataforma Zoom, basta acessar o youtube do site da ASRM clicando AQUI