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Encontro histórico presta homenagem aos pioneiros da ASRM

Nem os mais veteranos, que protagonizaram o evento pioneiro há 35 anos, deixaram de comparecer à reunião especial da entidade para receber a homenagem dos colegas da ASRM, neste sábado (29), no auditório do CREMERS. Orgulhosos e emocionados, manifestaram a honra que sentiam diante do reconhecimento dos colegas e atuais titulares.

Um dos 60 fundadores e, hoje, membro Emérito, o Acadêmico Fernando Lucchese brincou com o excesso de cabelos brancos, de calvas e de bengalas nas “cabeças coroadas” que vislumbrava na plateia. “Vamos ter que aumentar a largura da porta para entrarmos de maca nas reuniões da Academia”, disse, arrancando sorrisos ao ironizar a idade avançada de alguns dos confrades e reforçar o espírito de pertencimento à instituição, fundada em 19 de maio de 1990, na provedoria da Santa Casa de Porto Alegre.

Este ambiente de bom humor e alegria dominou a cerimônia, iniciada às 10h, e que contou com entrega de diplomas, leitura dos currículos e pronunciamentos de homenageados da nominata inicial.

A roda de conversa, conduzida pelo Acadêmico titular Darcy Ribeiro Pinto Filho, no palco do auditório, reuniu os pioneiros Domingos D’Ávila, Fernando Lucchese, Nilson Luiz May, Joel Barcellos e Gilberto Tubino da Silva. (Outros dois, Carlos Ary Vargas Souto e Carlos Wallau, também estiveram presentes, enquanto João Polanczyk foi representado pela filha médica, e Nelson Pires Ferreira telefonou para explicar sua ausência.)

Os fundadores contaram como tudo começou um ano antes da fundação, em 1989. “Foram reuniões convocadas pelos fundadores Telmo Kruse e Fernando Pombo Dornelles, atendendo a um pedido de um colega carioca da Academia Nacional de Medicina para replicar entidade similar no RS, consolidando a união da classe”, disse Joel Barcellos, que se definiu como “testemunha ocular da história”. Do mesmo modo partícipe dos primórdios nos encontros da Santa Casa com Barcellos e Lucchese, Domingos D’Ávila lembrou do jantar de posse, com mais de 300 pessoas entre médicos e familiares, registrado na primeira fotografia da entidade, vocacionada para preservar a boa prática da medicina com ética.

O Acadêmico Nilson Luiz May contou que, no começo, estabeleceu-se que, além de 40 médicos da capital, seriam agregados outros 20 de municípios gaúchos, somando os 60 integrantes determinados pelo Estatuto. “Os médicos de cidades que tinham Faculdade de Medicina, como Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas, foram os primeiros convidados”, recordou ele. “Depois, foram escolhendo outros com algum destaque profissional em cidades menores, como Lajeado, onde eu atuava. Assim foi que, representando o interior, me tornei fundador.”

Assista ao vídeo completo da Homenagem no link disponível abaixo