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Forte impacto das cheias na saúde mental dos gaúchos

O Diretor Científico da ASRM, Acadêmico Flávio Kapczinski, é um dos coordenadores de dois estudos inéditos sobre os impactos da tragédia das cheias na saúde mental dos atingidos no RS. Em entrevista exibida na RBS TV, no dia 11 de junho, destacando a parceria nas pesquisas da UFRGS, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da Fundação Fiocruz, Kapczinski explicou que os resultados servirão para mapear a situação, permitindo aos governantes escolher a melhor aplicação para os recursos públicos na área da saúde mental. “O Estado precisa muito desses dados nesta hora de crise”, afirma ele. 

Uma das iniciativas necessárias, segundo Kapczinski, deverá ser o reforço na malha do SUS, especialmente em regiões de maior incidência de desabrigados e do aumento de casos de transtornos psicológicos, para os quais falta tratamento específico e redes de apoio.

Os primeiros apontamentos revelam que metade da população está mais entristecida e com depressão. Entre os atingidos, 90% dos entrevistados demonstraram algum tipo de trauma, mas o índice chega a 100% nas classes mais pobres, que foram os mais vitimados com perdas totais e forçados a deixar suas moradias, talvez para sempre. “Vivemos sem segurança, com a ansiedade do futuro incerto”, definiu a entrevistada Juliana Azevedo, moradora da Ilha da Pintada, recorrentemente flagelada.

Assista à reportagem completa no vídeo abaixo: