Incluída entre as missões institucionais da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina e destacada no plano de metas da atual gestão, presidida pela Acadêmica Miriam da Costa Oliveira, foi lançada uma nova iniciativa da entidade no sábado, dia 30/11, durante a reunião mensal de novembro da Academia.
Elogiada efusivamente pelos colegas presentes no auditório da AMRIGS, a apresentação do autor, Acadêmico Carlos Gottschall, revelou a Linha do Tempo dos Atos Médicos, que destaca a notável trajetória dos avanços da Medicina no Rio Grande do Sul, desde os primórdios do século XVIII até os dias atuais.
Segundo Gottschall, a linha do tempo não é uma mera coleção de medalhas, reconhecimentos e homenagens, mas sim um registro de ações concretas e inovadoras que contribuíram para efetivas evoluções médicas.
O marco inicial dessa jornada — já postada no site da ASRM — é o ano de 1737, com a chegada do primeiro médico português no estado: o cirurgião militar Sebastião Gomes de Carvalho. Outro registro significativo, entre os 406 apontamentos cadastrados, é a façanha dos médicos Eduardo Sarmento Leite da Fonseca e Olyntho Olímpio da Silveira, que, em 1897, realizaram o “primeiro ingresso no organismo humano” em uma cirurgia abdominal realizada na residência do paciente, anestesiado com tecido embebido em clorofórmio.
Pioneirismos similares, muitos protagonizados por patronos e membros da ASRM, pontuam esse levantamento, que serve como um verdadeiro mapa histórico para estudantes, médicos, memorialistas, pesquisadores e historiadores interessados nos registros da área da saúde no Rio Grande do Sul.
Para o professor Gottschall, foi fundamental o apoio dos acadêmicos Miriam, Maria Helena Itaqui Lopes, Germano Bonow, Valter Duro Garcia, Paulo Prates e Darcy Ribeiro Filho.
