A Sessão Cultural do próximo dia 19, a partir das 18h, em formato virtual, apresentará como convidada especial Anne Schneider, organista de um instrumento raro, o órgão de tubos. “Anne é citada entre as 100 mais importantes no mundo e possui um vasto currículo de exibições internacionais”, diz a diretora cultural, Miriam da Costa Oliveira.
Conforme a colunista de Zero Hora, Juliana Bublitz, a ‘dama do órgão de tubos” da Comunidade Martin Luther é reconhecida pela maestria com que toca esse instrumento único. No início deste ano, a jornalista homenageou os 35 anos de carreira da artista, destacando que “quando Anne Schneider se senta diante do órgão de 1,3 mil tubos da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana Martin Luther, em Porto Alegre, o que vem depois é mágica: os dedos dançam sobre os teclados e os pés saltitam na pedaleira de 30 teclas em um sapateado frenético. O som que sai da tubaria (de estanho, zinco, cobre e madeira) enche o ambiente e faz tudo vibrar”.
Nascida na Capital, filha do maestro Leo Schneider e da professora de piano e canto Maria Helena, Anne possui uma história que merece ser conhecida e valorizada. “Um orgulho para o Rio Grande do Sul”, reforçou Bublitz. “Anne tem 75 anos e, por meio da arte, conheceu o mundo e ganhou fama. Foram três décadas de turnês internacionais — a organista inclusive foi a primeira brasileira a tocar em países da antiga Cortina de Ferro, que dividiu a Europa no pós-guerra, como Eslováquia, Alemanha e Polônia. Causou furor ao incluir canções gaúchas e brasileiras em seu repertório — de Lupicínio Rodrigues a Ary Barroso. Até o hino do Grêmio (time do coração) já tocou em suas andanças”.
— Estou quase chegando aos mil concertos. Falta uma meia dúzia! — brinca a artista, pronta para brilhar.”
