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Próximo Encontro Literário está confirmado

O próximo encontro de Literatura e Medicina promovido pela Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina (ASRM) terá um caráter especial: será o derradeiro da atual gestão conduzida pelo presidente Carlos Henrique Menke e sob a responsabilidade cultural do acadêmico Rogério Xavier, desde seu início em 2016.

Projetada para o dia 18 de maio, a partir das 18h, com moderação do acadêmico Heitor Hentschel, a reunião virtual já está com a programação confirmada para transmissão pela plataforma Zoom.

ID de acesso: 882 7498 4632
https://us02web.zoom.us/j/88274984632

POESIA

No momento intitulado “Todos somos Mario Quintana”, o poeta gaúcho Mario Quintana será homenageado pelo acadêmico José J. Camargo. Rogério Xavier lembra que Quintana nasceu no Alegrete, em 1906, vindo a estudar no Colégio Militar,em Porto Alegreo, onde escreveu seus primeiros poemas, publicados em jornais.

“Eterno morador do Hotel Majestic, na Rua dos Andradas ou Rua da Praia, que tornou-se a Casa de Cultura Mario Quintana do Estado do RS, o poeta falece nesta capital, em 1994. Na Editora Globo, traduz 130 obras universais. Sua poesia é marcada pela fina ironia, profundidade e perfeição técnica, sendo acessível a todas as idades, desde seu primeiro livro “A Rua dos Cataventos”, de 1940. Ao completar 60 anos, publica sua “Antologia Poética”, no Rio de Janeiro, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, saudado na ocasião por Augusto Meyer e Manuel Bandeira na Academia Brasileira de Letras. Prêmio Machado de Assis desta Academia nacional, em 1980, a simplicidade de Mario nunca o fez Acadêmico: “Eles passarão, eu passarinho …”, diz bem o poeta em seu belo verso”.

ROMANCE

Na outra parte do encontro, o acadêmico Waldomiro Manfroi vai discorrer sobre o seu romance “A neta da Gardel” (Editora BesouroBox, Porto Alegre, 2016). É um dos oito livros que o membro da ASRM e da Academia Riograndense de Letras publicou, além de contos e ensaios – mais seu romance histórico em dois volumes “A Saúde dos Ventos”, de 2015 e 2017.

Segundo Xavier, “embora Manfroi negue fazer poesia, sua narrativa poética lembra bastante a do consagrado escritor argentino Júlio Cortázar (1914-1984). Pois escapa à linearidade temporal, situando-se entre o real e o imaginário, por isso aproximando-se também de Borges. Ainda interessante acompanhá-lo em seu rumo ao romance moderno, assim tomado por premiados escritores atuais com o Nobel: Alice Munro, em 2013, a primeira autora laureada por livros de contos; Olga Tokarczuk, em 2018; e Peter Handke, em 2019, “ao adotarem uma linguagem de thriller em que os parágrafos conversam entre si, em profunda e contínua reflexão, incentivando o leitor a não parar antes do fim”.