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REUNIÃO ORDINÁRIA DA ASRM: Do Plano de Metas à Navalha de Ockham


A primeira reunião ordinária da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina (ASRM) da gestão presidida pela Acadêmica Miriam Oliveira, na manhã deste dia 24, preservou a tradição de reservar o último sábado do mês para o encontro que agrega expediente institucional, atividade científica e confraternização presencial. O evento aconteceu no auditório do CREMERS, na capital.

Definindo-se como uma gestora “que gosta de prestar contas”, a presidente começou sua exposição com um relato acerca dos cinco encontros acontecidos desde sua posse reunindo os 13 integrantes da diretoria. Também informou sobre a criação experimental de um grupo de comunicação por WhatsApp com os 60 acadêmicos.

A Acadêmica exibiu um quadro com o plano estratégico de 10 metas e 37 ações, determinando responsáveis e prazos de realização que, após ajustes, serão apresentados na próxima reunião ordinária do último sábado de julho.

Esta gestão por metas visa, entre outras proposições, o fortalecimento da entidade.

A diretoria também deseja repensar o processo de interiorização da Academia e ampliar ações culturais. Uma das primeiras ações deve ser a revisão do estatuto e do regimento interno.

O fórum de planejamento interrompido pela pandemia será retomado em sua terceira etapa sob coordenação do acadêmico e ex-presidente Luiz Lavinsky.

As reuniões de sábado terão uma nova formatação em que haverá, além da atividade científica, um momento para um “encontro fraternal e de temas transversais” com narração de vivências particulares dos acadêmicos.

A NAVALHA DE OCKHAM

A programação prosseguiu com a conferência científica do Acadêmico Gilberto Schwartsmann sobre o tema “‘A Navalha de Ockham’ e o câncer”..Em sua apresentação, o ex-presidente destacou a simbologia da expressão originária do teólogo e filósofo Willian de Ockham, nascido em 1285 considerando o conceito de que “o caminho da simplicidade e da objetividade leva a resultados mais interessantes”.

Essa navalha imaginária cortaria tudo que é desnecessário, secundário ou demasiado em tratamentos transpostos para o enfrentamento do câncer.

A palestra ainda percorreu a história da oncologia que o acadêmico acompanhou como testemunha e protagonista. O Acadêmico discorreu sobre métodos com a cirurgia radical para extirpar o mal, a quimioterapia e avanços mais recentes com o uso de novos medicamentos moderadamente ativos, de bloqueadores de proteínas e da imunoterapia. Listou vários cientistas agraciados com o Prêmio Nobel de Medicina que contribuíram decisivamente para a descoberta de novos meios de enfrentar o câncer.

“O nosso tendão de Aquiles é chegar quase sempre tarde para a cura”, afirmou, reiterando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para tratar a doença em seu início.

“O aconselhável é que todo indivíduo em consulta médica de qualquer área seja orientado para todos os riscos que corre e os exames que deveria fazer para evitar o câncer. Talvez devesse haver até legislações mais severas como a lei que pune, com multas, a falta de uso de cinto de segurança por condutores de automóveis.

Ao final, diversos acadêmicos se manifestaram fazendo perguntas, elogiando as lições recebidas e ressaltando o modo entusiasmado com que Schwartsmann se compromete com sua profissão.