Sessão do dia 24 de novembro abordou os perigos do tabagismo
A sessão científica de novembro da Academia Sul-Rio-Grandense teve como destaque a conferência “Novos desafios na luta contra o tabaco”, do comando acadêmico Luiz Carlos Corrêa da Silva, médico do Hospital Santa Casa e um dos grandes especialistas do combate ao fumo no Brasil.
Durante a palestra, o acadêmico apresentou informações preocupantes em relação aos males causados pelo tabaco. Um dos mais impressionantes foram as preocupações do ser humano, que podem ser fatores decisivos para o início ou agravamento do quadro de fumante. Entre elas estão: a educação, o futuro, crise moral, obsessão, consumismo e comportamentos inadequados. “O tabaco não só prejudica as pessoas, mas também todo o planeta”, afirmou Luiz Carlos Corrêa da Silva.
Uma das grandes forças no combate ao tabagismo é a atuação do governo e a criação de leis de que coíbam o uso da substância. A lei brasileira antifumo reforça pontos importantes, como proibição de fumódromo, aumento do preço dos cigarros, controle da propaganda em pontos de venda e proibição de aditivos (sabor, aroma) que tanto atraem o público jovem. Outra questão abordada foram os cigarros eletrônicos. De acordo com o acadêmico, esta é mais uma tática da indústria do tabaco para burlar leis e controlar o mercado. Segundo o médico, é preciso que Organização Mundial da Saúde (OMS) aplique restrições a estes produtos ou dispositivos usados para inalação de fumaça de tabaco ou vapor.
Outra crítica do palestrante a indústria do tabaco foi o fato de ela tentar apresentar falsos cientistas que defendem o uso de novos produtos. Nenhum pesquisador isento comprovou que estes novos produtos poderiam auxiliar no alguém a parar de fumar. Por fim, o acadêmico Luiz Carlos Corrêa da Silva revelou que o número de fumantes no Brasil vem diminuindo, porém, é preciso cada vez mais reforço nas políticas públicas de combate ao tabaco e um entendimento da “fragilidade” do paciente em sua jornada para livrar-se do vício em cigarros.