Nasceu em Cruz Alta (RS), em 27 de setembro de 1914. Filho de Ormuz Jardim dos Santos e Celina Candal dos Santos, iniciou o curso primário em sua cidade natal e três anos após, em 1926, foi transferido para Santa Maria (RS), onde concluiu o curso médio.
Em 1931, ingressou na Faculdade de Medicina de Porto Alegre, hoje Faculdade Federal de Medicina da UFRGS, concluindo-o em 1936, onde fez toda sua carreira acadêmica. Nomeado Assistente de Ensino da cátedra de Patologia Gerla em 1938, dois anos após, recebia o grau de Doutor em Medicina.
Em novembro de 1940, foi aprovado no concurso de docência-livre de Patologia Geral. De 1958 a 1959, foi professor substituto e, em 27.07.1959, assumia interinamente a cátedra desta disciplina. Em 1967, foi sucessivamente promovido a Professor Adjunto e Professor Titular de Patologia Geral.
Publicou, variadamente, dentro do campo de sua atividade científica, indo do estudo das reações sorológicas ao campo da cibernética aplicada à biologia e à medicina.
A par de suas atividades docentes, trabalhou como médico-assistente na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, nos serviços do Professor Eduardo Sarmento Leite da Fonseca e do Professor Antonio Saint Pastous de Freitas. A partir daí, passou por diversos serviços universitários de análises clínicas, sempre em cargos de chefia.
No campo da atividade privada, foi sócio-fundador dos Laboratórios Especiais Reunidos, em 1949. Um ano após, organizou e chefiou o Laboratório de Análises Clínicas do hoje extinto Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários (IAPI).
Foi atuante também em órgãos de associação de classe, durante a segunda metade da década de 50. Foi eleito, em 1957, Presidente da Comissão de Defesa de Classe da AMRIGS, entre diversas outras atividades que desenvolveu dentro desta entidade.
Dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trabalhou em diversas funções administrativas, em que destacou-se por sua presença durante a gestão do vice-reitor Ivo Wolf, quando da elaboração e aprovação do Estatuto do Magistério Superior.
Neste período, em 1966, viajou a Brasília, em comissão chefiada pelo vice-reitor, para discutir os vetos opostos ao projeto do Estatuto pelo então Presidente da República, Marechal Castello Branco. Seis artigos vetados foram readmitidos.
Carlos Candal dos Santos chegou à direção da Faculdade de Medicina em 1977. No período de 1946 a 1968, fôra homenageado de diversas turmas de formandos.
A partir da segunda metade da década de 60, dedicou-se à divulgação da Cibernética e Teoria Geral dos Sistemas, inclusive introduzindo o tema dentro do âmbito universitário onde atuava.
Autor de matéria original, a “Teoria Geral do Biocampo”, em 1963, criou e organizou o Grupo de Estudos Cibernéticos, junto à cátedra de Patologia Geral, pioneiro no país e talvez na América Latina.
Vice-presidente e sócio-fundador da Associação Brasileira de Cibernética e Sistemas Gerais, em 1971, participou, um ano após, do I Congresso Nacional desta entidade, na qualidade de membro efetivo. O evento ocorreu em Porto Alegre, com a presença de autoridades internacionais na área.