Octavio de Souza nasceu em Porto Alegre em 25 de novembro de 1875. Estudou no Ginásio Nossa. Sra. da Conceição em São Leopoldo. Formado em Medicina em 1900 na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendeu tese sobre “Infecção Puerperal”. Voltando à terra natal trabalhou como Médico do Corpo Militar do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, em 1901. Lecionou Clínica Propedêutica Médica na Faculdade de Medicina de Porto Alegre desde 1903 e Clínica Médica desde 1907, chegando a diretor da Faculdade em 1914. Paraninfou a turma de 1909 e foi homenageado pela de 1922.
Além de grande professor, Octavio de Souza foi clínico por intuição, tato e bondade, numa época em que a medicina valorizava mais o contato com o doente do que tecnicismos. Ensinava de maneira clara e direta, sem estrelismo, às vezes com ironia, mas não voltava as costas para os progressos da Medicina, procurando selecionar criticamente os avanços.
Membro da Sociedade de Medicina de Porto Alegre, foi seu presidente em 1918, 1031 e 1932, nesse ano sendo eleito Sócio Honorário. Fundador e membro da comissão executiva do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, presidiu-o em 1933. Prestando-lhe merecida homenagem, a Santa Casa de Porto Alegre deu seu nome à Nona Enfermaria, da qual era diretor.
De 1915 a 1932 publicou 17 trabalhos sobre clínica médica e ensino da medicina em publicações locais e nacionais, significativa produção em qualidade e quantidade numa época em que a cultura médica era quase toda baseada em experiências individuais, livresca e importada. Dedicado à Medicina pouco tempo lhe sobrava para atuações políticas. Porém teve reservas para atender um chamado do prefeito de Porto alegre, Octávio Rocha, e participar como vice-presidente de comissão orientadora dos melhoramentos de Porto Alegre, nela trabalhando ativamente.
Aos 58 anos de idade faleceu a bordo do transatlântico Capitão Astúrias, em águas brasileiras.