O cérebro humano controla todas as funções motoras, sensitivas, sensoriais, cognitivas, comportamentais e a regulação do funcionamento de nossos órgãos. Essas funções estão relacionadas a diferentes áreas cerebrais e, devido a essa característica, os tumores cerebrais têm sintomas variados que vão depender da região cerebral atingida.
Como alerta para a população em geral, podemos salientar que os sintomas mais frequentes são:
- dor de cabeça nova e de intensidade progressiva
- crises convulsivas
- alterações visuais e/ou auditivas
- alterações na emissão ou compreensão da linguagem
- transtornos de personalidade ou de humor
- fraqueza ou dormência nos membros
- transtornos de equilíbrio.
Cabe salientar que nos casos de tumores cerebrais os sintomas não são de instalação súbita (como acontece no AVC, onde os sintomas predominantes são de alteração motora ou de linguagem), mas de instalação gradativa e de intensidade crescente.
Os tumores cerebrais ocorrem em todas as faixas etárias e para detecção precoce recomenda-se visitas regulares ao seu médico clínico. A prevenção inclui o desenvolvimento de hábitos de vida saudáveis como dieta balanceada, prática de exercícios físicos regulares, evitar fumo e consumo excessivo de álcool.
Outros fatores de risco para o desenvolvimento de tumores cerebrais são a predisposição genética e fatores ambientais como radiação e ainda doenças imunológicas. Estar alerta para essas manifestações da doença determina um diagnóstico mais precoce da condição e, consequentemente, tratamento e manejo adequado.
Tem havido um avanço significativo no que se refere ao tratamento, desde técnicas cirúrgicas minimamente invasivas até radioterapia dirigida ao alvo do tumor e novos quimioterápicos.
Neste maio cinza de conscientização dos tumores cerebrais, alertamos para a importância da disseminação dos fatores de risco, da prevenção, do diagnóstico e do tratamento precoce. Indivíduos conscientizados serão pessoas pró-ativas no sentido de manter a sua saúde e bem-estar ao longo da vida.
Artigo escrito pela Acadêmica e neurologista Liselotte Menke Barea