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Parkison não é só tremor

A Doença de Parkinson é uma doença neurológica progressiva, comum em pacientes idosos, que determina dificuldade no controle dos movimentos. Seus principais sintomas são a lentidão de movimentos (bradicinesia), rigidez (a pessoa caminha em bloco), comprometimento do equilíbrio e controle postural (quedas frequentes) e tremores de mãos (principalmente em repouso e, no início, unilateral). Embora esses sejam os sintomas mais reconhecidos e que permitem o diagnóstico da doença, outros sintomas não motores podem prenunciar o aparecimento da doença. Entre eles destacam-se a diminuição do olfato, a constipação, os distúrbios de sono, os distúrbios do humor e alterações cognitivas.

Estar alerta para essas outras manifestações da doença determina um diagnóstico mais precoce da condição e, consequentemente, tratamento e manejo adequados desses sintomas antes de haver grande incapacidade motora e significativa redução da qualidade de vida. Deve-se ressaltar que existem tratamentos efetivos para o controle dos sintomas e, para os casos refratários à terapia medicamentosa, existem tratamentos de neuromodulação e implantação de dispositivos para controle do tremor.

Neste Dia da Conscientização da Doença de Parkinson, devemos salientar não só a importância do diagnóstico e tratamento precoce, mas também a abordagem compreensiva dos pacientes, familiares e sociedade em geral, para que os indivíduos acometidos não venham a ser estigmatizados e alijados de seu convívio social, laboral e familiar.

Artigo escrito pela Acadêmica e neurologista Liselotte Menke Barea